GALOS COMBATENTES

O relacionamento do criador ou treinador com a sua criação é fator importante no desempenho e saúde das aves combatentes. Apesar da psicologia achar que "personalidade"seja algo só atribuível a seres humanos, quem cria e convive com seus animais percebe, se tiver sensibilidade, que realmente existem diferenças comportamentais dentro de uma mesma espécie, inclusive entre os indivíduos.

Uma grande parte dessas diferenças deve-se, principalmente, ao manejo e ao relacionamento com os seus donos. Daí a importância de se respeitar as suas respectivas naturezas, seus limites e, principalmente, os seus direitos de serem aquilo que são por natureza.
Achar que raças reconhecidamente de combate vão mudar seu modo natural de ser em virtude de algum decreto ou devaneio humano é achar que se possa fazer uma lei para impedir a erupção de um vulcão!

O desconhecimento de certos fatores ligados ao galo combatente tem gerado preconceitos históricos e as raças só não foram extintas ainda porque os verdadeiros amantes do galismo conservam, ao lado das tradições populares, suas atividades de seleção e aprimoramento, fundando associações,mantendo viva uma espécie que, se dependesse de alguns "defensores da natureza", já estaria extinta há muito tempo. Infelizmente para o galismo, existem pessoas que promovem "brigas-de-galo"pelo simples prazer da violência em si e não pertencem a nenhuma associação de criadores e não estão comprometidos com a preservação da espécie.
Sòmente nas associações poderiam os combates entre galos acontecerem porque:
1º Seriam realizados por pessoas interessadas em aprimorar a espécie.
2º Existiriam regras e regulamentos que visariam a preservação dos combatentes quanto à sua integridade física.
3º Seria ABOLIDO o uso de esporas ou qualquer artificialismo que provocasse ferimentos contundentes.
Uma informação importante: Não existe LEI nenhuma que proíba a criação de galos combatentes. Entretanto o uso dessas aves para rinhas é entendido como crime ambiental e portanto o criador sério deve abster-se dessas práticas.